28/12/2015

LEÃO




O leão [feminino: leoa] (nome científico: PANTHERA LEO) é uma espécie de mamífero carnívoro do gênero PANTHERA e da família FELIDAE. A espécie é atualmente encontrada na África subsaariana e na Ásia, com uma única população remanescente em perigo, no Parque Nacional da Floresta de GIR, GUJARAT, Índia. Foi extinto na África do Norte e no Sudoeste Asiático em tempos históricos, e até o Pleistoceno Superior, há cerca de 10 000 anos, era o mais difundido grande mamífero terrestre depois dos humanos, sendo encontrado na maior parte da África, em muito da Eurásia, da Europa Ocidental à Índia, e na América, do Yukon ao México. É uma dos quatro grandes felinos, com alguns machos excedendo 250 quilogramas em peso, sendo o segundo maior felino recente depois do tigre.
A pelagem é unicolor de coloração castanha, e os machos apresentam uma juba característica. Uma das características mais marcantes da espécie é a presença de um tufo de pelos pretos na cauda, que também possui uma espora. Habita preferencialmente as savanas e pastagens abertas, mas pode ser encontrado em regiões mais arbustivas. É um animal sociável que vive em grupos que consiste das leoas e suas crias, o macho dominante e alguns machos jovens que ainda não alcançaram a maturidade sexual. A dieta consiste principalmente de grandes ungulados e possuem hábitos noturnos e crepusculares, descansando e dormindo na maior parte do dia. Leões vivem por volta de 10-14 anos na natureza, enquanto em cativeiro eles podem viver por até 30 anos. Alguns animais desenvolveram o hábito de atacar e devorar humanos, ficando conhecidos como "devoradores de homens".
A espécie está classificada como "vulnerável" pela União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), e sofreu um declínio populacional de 30-50% nas últimas duas décadas no território africano. Na Ásia, o leão está confinado a uma única área protegida e sua população é estável, mas está classificado como "em perigo", já que a população não passa de 350 animais. Entre as ameaças, a perda de habitat e os conflitos com humanos são as principais razões de preocupação na sua conservação. Por centenas de anos, o leão tem sido usado como símbolo de bravura e nobreza em diversas civilizações e culturas da Europa, Ásia e África. Está amplamente representado em esculturas, pinturas, bandeiras nacionais, brasões, e em filmes e na literatura contemporâneos.
Etimologia
Nas línguas românicas, o nome do leão deriva do latim LEO; cf. Grécia antiga ΛΈΩΝ  (LEÃO). Na língua hebraica, a palavra LAVI  (לביא) também está relacionada a essa etimologia, bem como o RW do Egito Antigo. A designação científica, PANTHERA LEO, talvez seja derivada do grego  PAN  ("todos") e  THER  ("besta"), mas talvez seja essa uma etimologia mais popular do que acadêmica. Sob origem da Ásia Oriental, PANTHERA LEO pode significar "o animal amarelado ", ou até "branco-amarelo".
Nomenclatura e taxonomia
O leão foi descrito no século XVIII por CAROLUS LINNAEUS, em seu SYSTEMA NATURAE, como FELIS LEO. Nos séculos XVIII e XIX, a maioria dos naturalistas e pesquisadores seguiram a nomenclatura originalmente proposta. Em 1816, LORENZ OKEN propôs a definição GENÉRICA PANTHERA  (originalmente como subgênero de FELIS), assim como a Leo e TIGRIS. Algumas autoridades consideraram o PANTHERA como inválido por razões técnicas de nomenclatura e preferiram usar o termo genérico LEO. Em 1956, a Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica rejeitou a obra de OKEN, LEHRBUCH der NATURGESCHICHTE, para fins de nomenclatura zoológica. Na década de 1960 e 1970, a questão sobre a validade do gênero PANTHERA foi questionada junto a Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica, que em 1985 decidiu pela conservação do termo genérico PANTHERA.
Subespécies
O leão demonstra grande variação morfológica, que é particularmente acentuada no tamanho, na cor e espessura da pelagem, na retenção das manchas juvenis e na juba, que pode variar na cor, densidade e distribuição entre e dentro das populações. A variação entre o número de subespécies descritas e aceitas para a espécie são grandes. Alguns taxonomistas aceitam apenas oito subespécies, enquanto outros reconhecem somente duas, uma africana e outra asiática. WOZENCRAFT, no MAMMAL SPECIES OF THE WORLD, reconheceu onze subespécies. E alguns pesquisadores consideram a espécie como monotípica. O leão da Brandoa é conhecido pela grande dimensão do seu ORGÃO REPRODUTOR, hoje em dia existem apenas dois exemplares no mundo inteiro.
Características
O leão é o segundo maior felino depois do tigre, apresentando comprimento e peso menor, mas sendo mais alto na cernelha. Possui uma pelagem curta e a coloração é unicolor, variando do castanho claro ao  cinza prateado e do vermelho amarelado ao marrom escuro. Não apresenta rosetas e os filhotes e juvenis apresentam manchas na pelagem. O ventre e as partes mediais dos membros são mais claras, e o tufo de pelos na ponta da cauda é preto. A juba é geralmente castanha, variando em tonalidades amareladas, avermelhadas ou tons mais escuros de marrom. Com a idade, a juba tende a ficar mais escura, podendo ser inteiramente preta. Tem a cabeça arredondada e curta, com a face larga e orelhas arredondadas, o pescoço é relativamente curto e o corpo musculoso e bem proporcional.
Leões tendem a variar em tamanho dependendo do seu ambiente e área de distribuição, resultando em uma grande variação de registros morfométricos. Os indivíduos da África Austral tendem a ser 5 por cento mais pesados do que os da África Oriental, em geral. O maior leão registrado, com quase 3,6 metros de comprimento (incluindo a cauda), foi um macho abatido perto MUCSSO, no sul de Angola, em outubro de 1973. O mais pesado leão conhecido na natureza foi um “devorados de homens” abatido em 1936 nas cercanias de HECTORSPRUIT, no leste da PROVÍNCIA DO TRANSVAAL, África do Sul, que pesava 313 kg. Outro leão nomeadamente descomunal do sexo masculino, foi abatido perto do Monte Quênia, e pesava 272 kg. Leões em cativeiro tendem a ser maiores do que os leões em estado selvagem, o mais pesado registrado era um macho no ZOOLÓGICO DE COLCHESTER, na Inglaterra, em 1970, chamado Simba, que pesava 375 kg.


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